Quando falamos de ‘cidadãos-jornalistas’ não estamos a falar de jornalistas, apenas. “Há cidadãos e há jornalistas, os jornalistas serão cidadãos, mas o contrário não é verdadeiro. Os cidadãos só são jornalistas se o forem…” (Alexandra Lucas Coelho, “Para não acabar de vez com os jornais (e a democracia )” – JORNAL PÚBLICO 28/12/2015); Portanto, “os leitores não devem substituir os jornalistas, que para o bem de todos, e como acontece com bombeiros ou médicos, devem ser preparados para o que fazem e honrar um código de conduta. Para isso têm uma carteira profissional, sujeita a critérios. A carteira existe como garantia para a comunidade e para o leitor, o que se tende a perder no salve-se quem puder que se tornaram “os media”. (Alexandra Lucas Coelho, “Para não acabar de vez com os jornais (e a democracia )” – JORNAL PÚBLICO 28/12/2015).
O que pretendemos com o Jornal Aberto é quase um ensaio. Baseamos o projeto num movimento académico e jornalístico que emergiu nos finais anos 80 nos EUA – “um movimento importante e polémico que defende um novo jornalismo” (Traquina, Nelson; Mesquita, Mário. 2003, Jornalismo Cívico, Lisboa - Coleção Media e Jornalismo).
O novo jornalismo é conhecido por diferentes nomes: Jornalismo Comunitário” (Craig,1995), Jornalismo de Serviço Público” (Shepard,1994), “Jornalismo Público” (Rose, 1994: Merrit, 1995) e “Jornalismo Cívico ( Lambeth e Craig, 1995).
Escolhemos Jornalismo do Cidadão.
Voltemos ao Jornal Aberto. É um site de Informação. Um portal que desafia o cidadão, as empresas, as organizações e as instituições desta região a “postarem a sua notícia” e a enviarem vídeos, fotos, registos de áudio e texto.
Quem por cá navega sabe quem é o autor de determinado “post”.
Desta vez fomos mais arrojados: permitimos comentários às notícias publicadas. Já o dissemos: não somos jornalistas, não fazemos mediação. Mas fazemos “moderação”.
Em vez do Jornalista, existe o Moderador.
É uma espécie de “provedor do cidadão” que valida a publicação de notícias e de comentários. Controlar é um risco, sobretudo em Democracia, mas preferimos correr o risco da moderação ao risco da falta dela. Que poderá transformar democracia em insulto.
Esta é a primeira grande transformação visual do Jornal Aberto ao fim de uma década.
Fomos dos primeiros na região a chegar ao online, já lá vão dez anos!
Continuaremos focados nos três concelhos do Baixo Tâmega e nos Seis do Vale do Sousa e apenas permitimos informações destes nove concelhos: Paredes, Penafiel, Lousada, Paços de Ferreira, Felgueiras, Castelo de Paiva, Amarante, Baião e Marco de Canaveses. E da CIM (Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa) ou da Rota do Românico. São duas entidades ligadas ao nosso espaço regional.
E não estamos inscritos na A ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social, mas na IGAC - Inspeção-geral das Atividades Culturais. Processo 364/2006.
O público não é apenas um consumidor, mas um ator da vida democrática.
Esperamos pela vossa participação cívica.